Assumindo-se como o “resultado de uma relação e de um desvario musical”, os Cochaise lançaram, o ano passado, Mini-Homónimo, o primeiro disco que traz uma amostra da sonoridade indie pop cantada em português deste grupo com potencial inegável, sobre o qual a Punch foi investigar.
Ora, vejam como correu!
Como surgiu este projecto?
João – Tenho ideia do Sambado começar a compor as primeiras musicas em inícios de 2009, acabando por gravar o disco com a Cláudia entre Lagos e Lisboa. O Alex juntou-se para os toques finais, misturou o álbum com o Filipe, ajudando a tentar recriar o disco para poder ser tocado ao vivo. Nesta altura, éramos só quatro e eu alternava entre o baixo, a guitarra e as teclas; o Alex entre percussões guitarra e baixo; o Filipe no ukulele, na percussão e bateria e nalgumas guitarras; e a Cláudia sempre foi a voz, a frontwoman. Entretanto com o disco pronto e masterizado, saímos nos novos talentos da Fnac de 2010, que nos valeu uma boa exposição e uma tour pelas Fnacs da grande Lisboa. Por esta altura, entrou o Fernando para dar mais consistência e rock’n’roll à coisa.
Assim, somos sempre cinco fantásticos…tirando algum concerto mais unplugged que possa aparecer!
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De onde vem o termo Cochaise?
Cláudia – Bem, tudo começou em Lagos, na casa do João. Eu tinha feito uma sessão de acupunctura, que pode por vezes acentuar os sintomas, neste caso entre febres e alucinações. O Filipe e o João estavam a tocar bateria e guitarra aos meus ouvidos enquanto eu dormia. Ao acordar pelo meio, está a dar um filme na 2 (que eu juro ser a preto e branco, apesar do Filipe dizer o contrário) e, nas legendas, aparecia, entre algum bla, bla, bla… o nome Cochaise!
Eu sentei-me e disse, que se ia chamar assim, mas com sotaque francês.
Como foi gravar o Mini-Homónimo?
Cláudia – Foi muito giro, quer dizer, inesquecível. O Filipe passava os dias agravar “coisas” dos instrumentos directamente para o computador. Dias e dias a fio, mostrava-me os resultados e escrevia letras na casa de banho sempre de guitarra em riste. Um dia perguntou-me se eu queria cantar e eu respondi-lhe – Não sei, mas bora! – fomos para Lagos, na casa do avô, enfiei-me num cubículo de colchões, um de molas à esquerda e um de campismo lindo com um padrão às flores. Comecei com muito nervosismo, muita insegurança e alguma asma à mistura. Foram três dias muito intensos com muita calma e paciência do Filipe (obrigado). Passava por tudo e e não vejo a hora de gravar o segundo disco.
Há planos para um futuro próximo?
Fernando – A gravação do disco novo e muitos concertos à mistura.
ENTREVISTA: Rodrigo Soromenho Marques
FOTOGRAFIA: Feroli
