Dois anos depois do último Super Bock em Stock, o festival da cidade lisboeta está de volta. Uma pausa provocada pela pandemia, mas que deixou muitas saudades e vontade de deambular pelas várias salas da capital. Este evento, que já teve um cartaz mais virado para o indie-rock, cada vez mostra-se mais eclético.
Em 2019 apresentava artistas de vários géneros e este ano não foge a essa nova identidade. O indie-rock continua presente, mas poderemos ouvir outras sonoridades como o MPB, a electrónica, a pop ou até mesmo o hip-hop.
O conceito deste festival sempre foi muito forte, faz sentido naquele território e dá liberdade ao festivaleiro. A concentração de grandes, médios e pequenos espaços entre o Cinema de São Jorge e o Coliseu dos Recreios permite que se possam encaixar diferentes artistas, criar ambientes mais inusitados e conceber experiências únicas. Ao longos dos anos o festival soube adaptar-se e atrair diferentes públicos, o que fez com que crescesse e ganhasse notoriedade.
Também sempre existiu uma aposta em novos artistas, a nível nacional e internacional. Este foi um dos primeiros festivais onde os Capitão Fausto actuaram, em 2011, ano em que lançaram o seu álbum das estreia, “Gazela”. Um outro talento que afirmou-se neste evento foi Benjamin Clementine. Já tinha passado no Super Bock Super Rock em 2014, mas foi o seu concerto no Coliseu em Novembro de 2015 que marcou a sua afirmação em território nacional. Uma relação com o público português que perdurou até hoje.
Em 2021, o Super Bock em Stock talvez não vá voltar no seu máximo potencial, mas há nomes internacionais com relevo e já não há tantas restrições para assistir concertos, isso são duas grandes conquistas. Entretanto já realizaram-se outros festivais, com foi o caso do Iminente, que teve bastante adesão. Há bons indicadores, que provam que este mercado está agora a recuperar aos poucos.
As nossas sugestões
Django Django: A banda inglesa vem apresentar o seu mais recente álbum “Glowing in the Dark”, prometem fazer a festa com batidas fortes e contagiantes. A não perder!
Iceage: Este verão Elias Bender Rønnenfelt, vocalista dos Iceage, passou por Portugal para dar um concerto em nome próprio na Igreja de São Jorge em Lisboa. Neste concerto intimista apresentou algumas das músicas do novo álbum da sua banda, “Seek Shelter”. Agora esperamos um concerto mais cru, mais suado e com outras roupagens!
Filipe Karlsson: Se houve um artista que teve uma grande projecção durante este último ano e meio foi o Filipe Karlsson. Antes cantava em inglês com a sua banda, os Zanibar Aliens, mas a sua afirmação veio confirmar-se a solo e em português. Tem dois EP’s “Teorias do Bem Estar” e “Modéstia à Parte”, além de uma mão cheia de grandes canções.
Black Country, New Road: Uma das bandas alternativas que têm andado nas bocas mundo. A sua junção entre o rock e o jazz fazem despertar várias atenções. Não sabemos como vai ser este concerto, mas estamos muitos curiosos para descobrir. “For the first time” será o album apresentado.
David & Miguel: David Bruno e Mike El Nite formaram uma dupla para celebrar a música romântica. Deste amor nasceu o álbum, “Palavras Cruzadas”, que contém um dos hits do verão “Inatel”. Entrem neste mundo e não se vão arrepender!
Leo Middea: O jovem músico brasileiro radicado em Portugal, vem apresentar dois trabalhos lançados em 2020 “Vicentina” e “Beleza Isolar”. A voz de Leo vai com certeza conquistar muitos fãs e deixar-nos a sonhar com as praias do Rio de Janeiro.