São de Madrid, são dois e amigos de infância. Nobita e Dani conhecem bem as nossas terras, fazem skate e surf e, vejam lá, são músicos. Talvez alguns de vocês já conheçam os seus singles passados, como “Lockout” e “Getting By”, no entanto, o EP só agora chegou. EP esse que teve ajuda dos tugas Ditch Days. Pop punk, surf rock, pool punk, … tantos! Aqui estamos nós para vos tentar descrever por palavras o que achámos do EP.
“Awake”: Cheira logo a verão mal começa este álbum. Um clipe de som parece transportar-nos para o momento em que alguém chega perto do mar. Respira fundo, flash, começa… Imediatamente, surf rock, pool punk, chamem-lhe o que quiserem, estes nossos vizinhos têm a receita bem aprimorada e não deixam carácter de fora. Este tema serve de mote para o resto do álbum. Já estamos acordados!
“Getting By”: Ouviram os vocais? Serão estas as harmonias mais catchy dos últimos tempos? Definitivamente o single deste EP. Começa cheia de pujança e uma euforia que traz memórias de um passado não muito distante, no qual alguns de nós nos conseguimos rever. Chegar atrasado, fumar para passar o tempo, fazer novas amizades, noites embriagadas, quem nunca?! “Just some good fucking vibes”, exatamente… Mas como nem tudo é sunny, uma música como esta tinha que conter o contrabalanço que uma vida destas contém. Acho que todos nos identificamos com isso… Entra pela música a dentro uma melancolia embriagada mas, rapidamente, foge outra vez para a jovial canção. Uma pilha esta canção! Se estão à procura de motivação para os vossos dias de chuva e frio, é isto!
“Lockout”: Neste ponto já não restam dúvidas. Estes nossos vizinhos precisam de conhecer a Costa Vicentina… Isto é tudo saudades do verão e das coisas que o verão nos traz, não é? Têm que vir mais vezes a Portugal para surfar balcões. E ondas, claramente os Drunkyard precisam de ondas. Até o chorus na guitarra chora por surf…
“Feeling Fine”: Um dueto de voz e guitarra começa a canção. A bateria e os outros instrumentos rapidamente saltam para a ribalta. A linha de baixo começa e envolve o ouvinte; a guitarra encanta e retira-nos da máquina de ritmo que vai passando para trás, ao mesmo tempo que nos carrega para a parte alta da música, pensávamos nós enquanto ouvíamos o “giiiiive me something…” até que… afinal havia mais. Ouçam, a sério! Groove; riffs que preenchem de brilho as progressões de acordes; uma nova perspetiva sobre a música surge com esta parte… Chega de spoilers.
“Race Horses”: Acabamos com a mesma energia que começámos e outra vez junto ao mar. Eles não deixam remorsos para trás e continuam – “same old horses but different races” – é assim que encaram crescer. E assim encerram este álbum libertino, carregado de nostalgias solarengas, que nos aquecem nesta altura fria do ano.
Tiago Coelho