Os Madrilenos Dani e Nobita são os Drunkyard. Ao vivo , fazem se acompanhar por Raul Ahsk, Miki Oliveira e Guilherme Correia (Ditch Days, Huggs) e prometem uma “reckless teenage fiesta”. O primeiro EP – Nice to meet you, we’re huge fans –tem muito surf-pop, teen-rock e pool-punk, uma junção perfeita para quem cresceu a ouvir bandas como Japandroids ou Wavves ou até mesmo algum indie-rock britânico do inicio da década dos ’10s com uma pincelada de pop-punk à ’00s .


O EP começa com o som de gaivotas e ondas rasgadas pela distorção e a bateria tempestivamente punk que entram pelos nossos ouvidos, é “Awake” quem nos dá as boas vindas a este álbum.   Quando na introdução falámos do indie-rock britânico dos ’10s foi muito pro culpa de “Getting by”: guitarras libertinas, coros que nos lembram o primeiro álbum dos Wombats e um baixo que podia vir muito facilmente dos ventos ár(c)ticos de Sheffield. Por mais identificáveis que sejam as influências dos Drunkyard, há um molho especial da casa nesta paella punk, que lhes dá identidade, e “Lockout” é exemplo disso – o refrão ficou a surfar na nossa cabeça até ficarmos com a pele engelhada. “Feelin’ Fine” é a música que se segue, uma música mais calma e introspectiva, que, como qualquer “balada punk” acaba por rebentar. A distorção de uma das guitarras, com uma linha grunge clássica, é substituída na segunda parte da música, por um ritmo que nos faz dançar ao ritmo de um baixo que parece fazer o que bem lhe apetece.

Os 18 minutos deste EP terminam com “Race Horses” e, no fim da música, voltam as gaivotas e as ondas do início, a festa fez-se e foi bonita. Se a vontade destes rapazes se espelha no refrão  da ultima música (“its time to be somebody” – gritam-nos) a redacção da Punch acha que estão num óptimo caminho com este curta duração – Nice to Meet you, we’re huge fans não fica a dever nada aos álbuns que os seus pares fazem e, se nos permitem o trocadilho – muito prazer em conhecer-vos, Drunkyard, somos grandes fãs.

Nota: 7,0/10

Diogo Silva